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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Lili Alves

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ME add no meu fece...........

O surgimento da moda

A moda surgiu em meados do século XV no início do renascimento europeu. A palavra moda significa costume e provém do latim modus. A variação da característica das vestimentas surgiu para diferenciar o que antes era igual, usava-se um estilo de roupa desde a infância até a morte.
A partir da Idade Média, as roupas eram diferentes seguindo um padrão que aumentava segundo a classe social, houve até leis que restringiam tecidos e cores somente aos nobres.
A burguesia que não era nobre, mas era rica, passou a imitar o estilo nobre das roupas iniciando um processo de grande trabalho aos costureiros que a partir de então, eram obrigados a produzirem diferentes estilos para diferenciar os nobres dos burgueses.
Com a revolução industrial no século XVIII, o custo dos tecidos diminuiu bastante, em 1850 com a invenção das máquinas de costura o custo dos tecidos caiu ainda mais.
A partir de então, até os mais humildes puderam comprar roupas melhores.
Mesmo após a facilidade das confecções, as mulheres ainda eram privadas da modernidade continuando a usar roupas sob medida. A partir desta dificuldade, surgiu a alta costura que produzia diferentes estilos por meio de estilistas que inventavam tendências.

O que é moda para você?

Já reparou que o que separa “costura” de “cultura” são apenas duas letras? Isso no dicionário, claro. No nosso cotidiano essa separação praticamente não existe. Entre os dois extremos dessa idéia – os “fashionistas” insistindo que “Moda é A cultura”, e os pseudointelectuais contra-atacando com “Moda NUNCA foi cultura” -, acho que os dois conceitos interagem numa convivência pacífica e produtiva.
Fiquei pensando nisso na segunda-feira passada, logo depois que saí de uma jornada pelo último dia do São Paulo Fashion Week – Inverno 2008. Mais de uma vez fui bombardeado com a mesma pergunta que usei no título de hoje: “Zeca, o que é moda para você?”. Sério: foram dezenas de vezes (de onde saíram tantos “correspondentes fashion”?). Mas antes que eu me desanimasse com a pouca originalidade da cobertura em geral (nobres exceções, claro, como a garota – não me lembro de qual veículo – que me pediu para definir o limite entre loucura e criatividade na moda!), percebi que a insistência no assunto tinha me ajudado a elaborar uma resposta na linha do parágrafo acima – e no final estava até grato ao enésimo repórter que queria saber o que era moda para mim…
Mas fui ao SPFW trabalhar (fazer uma entrevista com Alexandre Herchcovitch para a série que estou fazendo, no “Fantástico”, sobre o Japão) – e não digo isso apenas como uma desculpa esfarrapada por estar lá… Sempre que pude – e desde os primórdios do evento – tentei acompanhar esse festival de criação. Agendas, compromissos e viagens nem sempre permitiram que eu fosse um freqüentador assíduo dos desfiles. A última vez que assisti com afinco ao espetáculo, me lembro de encontrar algumas vezes com Silvio de Abreu – que estava ainda fazendo pesquisas sobre o mundo da moda para uma novela de sua autoria que ainda nem tinha nome, mas que ficou conhecida como “Belíssima” (em se tratando do Silvio, claro, um grande sucesso). Por aí você já calcula o tempo em que fiquei afastado das passarelas – ou melhor, do público das passarelas.
Assim, foi com ligeira nostalgia que, depois de ter entrevistado Herchcovitch, decidi ficar para conferir os outros desfiles do dia. Como o acaso está sempre ao meu lado, o “cardápio” incluía mais dois nomes que nunca me deixaram menos do que curioso: Marcelo Sommer e Ronaldo Fraga. Não podia acreditar na minha sorte! Herchcovitch, Sommer e Fraga, de uma tacada só? Não podia perder!
sommer_zeca_2401.jpgMesmo que seu contato com moda seja periférico, tenho certeza de que você já esbarrou em alguns desses nomes – se não nos três. Com estilos totalmente diferentes, cada um deles se tornou uma referência na moda brasileira, por sua inventividade e ousadia. Do Alexandre, fico até sem graça de falar, pois é difícil escolher algum adjetivo para elogiá-lo que ainda não tenha sido usado – e se você ainda não aprendeu a admirá-lo, não sou eu nesse humilde post que vou te catequizar… Sommer, que alguns menos informados podem descartar como superficial, é, na verdade, um dos mais inusitados criadores brasileiros. E Ronaldo, que, além de ser meu amigo pessoal (e que isso não faça você pensar que eu estou exagerando), é o mais teórico e surpreendente de todos – um cara que, a cada desfile suscita não apenas suspiros e elogios, mas também parágrafos e parágrafos de elaborações sobre o que ele mostrou na passarela.
Relendo o último parágrafo, percebi que alguém pode ter a impressão (errônea) de eu estar fazendo um “ranking”: esse é mais isso, aquele outro é mais aquilo… Por isso, faço questão de esclarecer que não se trata disso. Tentei apenas pincelar o talento de cada um dos estilistas que se apresentavam na última segunda no Ibirapuera para poder falar um pouco dos desfiles.
Não sou crítico de moda – aliás, não sou crítico de nada… Sou apenas um consumidor – de moda, de cinema, de livros, de música, de arte, de TV. E assim como avalio o que consumo nas telas, nas livrarias, nos palcos e nos museus, minha atitude com relação à moda é exatamente essa: eu consumo. Portanto, nada mais natural do que eu escolher o que me agrada nas passarelas usando os mesmos critérios com os quais eu tomo minhas decisões com relação a outros produtos culturais. Reconheço que esses critérios são um pouco confusos (qualquer pessoa que leu meu post anterior já pode ter certeza disso!) – mas não é isso que está em questão agora… Só queria tentar explicar o que me deixou tão fascinado vendo os últimos trabalhos desses estilistas. Então, lá vai!
Respeitando a ordem, começamos por Alexandre, que, sobre uma passarela de dormentes lançou uma procissão de vaqueiros elegantes. A tentação de usar a palavra “caubói” é grande, mas quando a gente se lembra de que o primeiro modelo abriu o desfile com uma enorme capa de couro que parecia estar ainda alguns momentos atrás vestindo um animal, vem a certeza de que a inspiração de Herchcovitch estava mais para o sertão brasileiro do que o oeste americano… Seus vaqueiros, contudo, vinham (como sempre vem tudo que ele cria) com um estranho ruído: tudo tendia para o preto. A cor, que poderia ser apenas uma paleta inocente, servia de camuflagem para as pequenas extravagâncias que surgem aqui e ali nas roupas ao longo do desfile. Até que quando o último modelo entra com um enorme poncho de franjas você imagina que aquele visual pode habitar, com toda a naturalidade, a próxima Festa do Peão Boiadeiro. Para usar um elogio que a gente vê mais na imprensa americana do que na nacional, eu diria que foi um triunfo!
Ainda sob a influência do preto de Herchcovitch, foi com um certo choque que encarei o laranjão proposto por Sommer para a próxima estação. Levou até algum tempo para que eu percebesse que existia uma frágil conexão entre os dois desfiles. Porém, a presença sertaneja na coleção de Sommer tinha mais a ver com a alegria de uma festa junina do que com os peões de Alexandre. O tal laranjão que saltava aos olhos era uma referência direta à fogueira central dessas festividades – e estava por tudo: das calças masculinas ao xale das meninas que evocava as prendas gaúchas. Mas quem dera todo o noivo e toda a noiva de uma quadrilha se vestisse com aquele charme… Seus xadrezes nunca se misturam de maneira inconseqüente: tudo tem um equilíbrio mágico que escapa com folga do jogo gratuito de cores. Sommer apontou um novo caminho da roça – e quem quiser que tome o rumo!
fraga_zeca.jpgFechando o dia, Ronaldo Fraga. Eu vivo sob o feitiço das suas criações desde que, há mais de dez anos, eu presenciei o momento em que vários modelos entraram numa passarela com enormes cabeças de papel machê (que lembrava aqueles bonecões de Olinda) reproduzindo o rosto do próprio estilista, vestindo roupas inspiradas nos trabalhos do Bispo do Rosário (Wikipédia! já!). De lá para cá, mesmo que eu não conseguisse ir aos seus desfiles, tentava ver alguma coisa na internet só para ter a certeza de que Ronaldo tinha, mais uma vez, apresentado algo de genial. Para o inverno 2008, como pude ver de perto, não foi diferente. E seu tema era tão óbvio que quase passa despercebido: tecidos! Ou melhor, sua paixão por tecidos. Melhor ainda: suas lembranças das antigas lojas de tecidos que ainda proliferavam há até bem pouco tempo, e que fizeram parte de um imaginário do tempo em que o mundo da moda, para a imensa maioria das mulheres brasileiras, começava e terminava no armarinho da esquina. Foi desse ponto de partida que Fraga elaborou sua homenagem aos tecidos: com estampas relendo os moldes das revistas de “corte & costura”, detalhes impossíveis de serem reproduzidos em escala industrial, volumes voluptuosamente desenhados nos corpos das suas modelos. Na passarela, varais sustentavam fantasmas de outros vestidos – formas soltas no ar à espera de um material que nem precisa ser tão nobre assim para transformar o corpo humano: justamente o tecido.
Com essas três experiências – que, insisto, foram apenas uma fração da amostra da criatividade brasileira na moda -, saí do São Paulo Fashion Week, animado com tanta criatividade. E com a certeza de que o trabalho desses três – Alexandre, Marcelo e Ronaldo -, se não tomar contas das ruas da maneira exata como foram apresentados (alguém ainda não sacou que o que é exibido na passarela não tem exatamente essa intenção?), fará certamente eco em milhões de modelitos a povoar nossas festas e calçadas pela próxima estação – dando uma cor (ou mesmo que só um verniz) à nossa cultura.
E isso, para mim, é moda – pode economizar essa pergunta da próxima vez que a gente se encontrar…
(Segunda-feira, falamos de Oscar? Preciso de um tempo para digerir essas indicações…)

O que é Tendência de Moda 

As tendências desempenham um papel importante no mundo da moda. Precisamos entender o funcionamento do sistema de moda para tirar melhor proveito da pesquisa de tendências.
Segundo o Oxford Dictionary of English, pesquisa é “a investigação sisstemática no estudo de materiais e fontes para estabelecer fatos e alcançar novas conclusões.”
Já o Dicionário Ilustrado de Moda define tendência como “direção geral para a qual algo se movimenta ou evolui. Na moda, uma tendência pode ser um estilo, uma cor, uma estampa ou uma padronagem que começa a ganhar aceitação ou adoção ampla.”
Dario Caldas em seu livro Observatório de Sinais (pag. 23 a 26) analisa o termo que deu aorigem à palavra tendência, que deriva do latim tendentia. Alguns significados atribuídos a esse verbo são “tender para”, “ser atraído por”. Atualmente, além desses significados, a palavra tendência também passou a se relacionar com a idéia de evolução. Resumindo, podemos entender uma tendência como uma “evolução” da moda que aponta para determinadas propostas estéticas a cada temporada.
Atualmente a tendência de moda segue um ciclo. Não há nada realmente inédito e sim novas propostas em cima de estéticas já existentes. Essas novas propostas são baseadas na observação dos desejos e das novas necessidades dos consumidores. Essas pesquisas são levadas muito a sério pelos bureaux de pesquisa que contam com profissionais de diversas áreass. Estes buscam as macrotendências, ou seja, detectam através da observação os novos comportamentos das pessoas e analisam que rumos tomarão os hábitos de consumo dessas pessoas. Essa pesquisa inicial está muito mais focada nos comportamentos das pessoas do que nos produtos. Só depois é que as aspirações das pessoas serão traduzidas em tecidos, cores, texturas, etc, que são as tendências de moda.
Os caçadores de tendências, ou coolhuntters, conseguem antever o que um grupo ou uma grande maioria de pessoas estão aspirando, o que elas desejarão num futuro próximo. Essas novidades são apresentadas primeiramente num bureaux de estilo para que profissionais especializados de diversas áreas possam trabalhar seus respectivos produtos.
As Macro Tendências são super importantes de serem analisadas, porque estas referencias são as principais, aquelas que irão indicar o caminho a ser trilhado na Estação. Assim, essas tendências serão mostradas, em primeira mão, nas mais diversas feiras dos mais variados segmentos como a Semana de Moda de Paris, a SPFW, Feira de Design de Milão, Casa Cor de São Paulo, Salão do Automóvel de São Paulo, etc.
Algumas mudanças podem permanecer por um longo período e outras explodem, são usadas e descartadas em um curto espaço de tempo. Essa vida útil inconstante das tendências é conhecida como ciclo de moda. Dentro do Ciclo de Moda podemos identificar diferentes categorias de tendências examinando a vida útil da tendência e a velocidade entre a ascensão e o declínio do período de adoção. Uma tendência pode vir a ser um estilo ou pode simplesmente ser esquecida rapidamente, como observamos nos modismos.

Existem três teorias da liderança de moda:
  • TrickleDown
A moda se difunde de cima para baixo, ou seja, é lançada nas passarelas e cai no gosto popular.
  • TrickleAcross
A moda se difunde entre todos os grupos ao mesmo tempo, como se fosse uma febre coletiva.
  • TrickleUp
A moda surge entre os pequenos grupos e sobe para as passarelas, como no exemplo dos punks da Inglaterra que inspiraram a estilista Vivienne Westwood e tornou-se um estilo.
No dia-a-dia da indústria de moda a pesquisa tem um importante papel de revelar conceitos através de novas propostas de vestuário, atendendo cada vez melhor os anseios dos consumidores, o que é um grande diferencial  para as indústrias que buscam destaque no mercado cada vez mais competitivo. Acima de tudo a pesquisa estimula a mente e abre novos caminhos ao design.


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